12 junho 2011

FELIZ DIA DO AMOR...

Livre, leve e solta
o sopro da liberdade dá a sensação de felicidade…

Sonhei que nasciam duas asas azuis em minhas costas. Elas eram bordadas a ouro e tinham flores de prata com pedras de rubis. Eu voava alto e de cima de tudo via o que havia construído. As asas brilhavam porque os raios do sol ficaram enfeitiçados por elas, as nuvens curvavam-se com a sua beleza e a chuva chorou suas gotas porque sentiu o grande apreço pela vida que naquele momento eu comecei a ter.Em plena agonia me vi sorrindo e lá de cima a minha face no espelho do mar azul refletia os olhos nus de uma mulher que tinha a grande missão de se desapaixonar. Deixar de lado certos parágrafos e linhas tortas, pingos e travessões mal usados, vírgulas desatentas e circunflexos desorientados.Enfim, enquanto me via distante dos espaços em que fiz amor, beijei lábios quentes e senti um corpo que me queimava feito fogo, em meu pescoço brotavam pérolas. É verdade: um lindo cordão de pérolas negras, não mais as rosadas de antes, mas as fortes, as perfeitas como a marca para uma nova guerra e grandes o suficientes para serem a munição de minhas novas conquistas.Você imaginava que eu ia imitar aquela musica antiga, não é mesmo? Mas em mim nada mais é da era passada e sim da esperança de um futuro fascinante que atravessa os caminhos ainda nublados para que eu me reconheça.Livre, leve e solta sou eu nesse novo foco, a meta que não mais me desvia. Nada que eu tinha era verdadeiro e se tenho a espada de cristal presa a cintura, essa agora que bate em meus quadris enquanto vôo, é porque venci a batalha. Agora sinto, agora pesa, agora aprendi a ser.A dor do amor que se esvai, a do peito que o buraco escavado se fez enquanto eu distraída, ele, o tal buraco crescia. E entre meus seios redondos ele sempre descansou, se fez de dono de mim. Mas como mulher das tormentas, tempestades, vaidades, censuras e devaneios, quem sabe da luz que acende e apaga enquanto pisca para novos rumos, eu vou até onde não mais possa entender o sofrimento, até que a decisão certa possa tomar, e, finalmente ser feliz.Essa luta eu ganho sempre, não tem jeito, quem pensa que eu perdi, se engana, tenho a liberdade, muitos planos e você que imagina ser vencedor ou vencedora, vai assistir de sua cadeira velha a minha vitoria.Sei que sou “essa” vencedora. Que colhi frutos cheios de sumo, e, que meus insumos são férteis. Por isso ganhei asas azuis e frondosas. As que sabem voar e não que imitam pequenos vôos de mentira.Hoje quero homens livres da covardia. Que os seus corações pulsem junto ao meu e não me façam ter sobressaltos. Vejo do alto uma floresta espessa e é para lá que vou. Nessa terra vou plantar, disseminar belezas e construir torres belas que enfeitem meus dias.Retorno para a minha cama real coberta com o edredom fofo e branco. Nele eu costumava fazer amor, talvez agora esse meu canto que parece vazio de um corpo esteja repleto de orgulho por mim.Em cada lugar que pisa, mulher, que descanse ou durma, faça sexo ou amor, você deixa uma célula caída por lá. Algo de sua essência que fica ou que vai, o que importa é que quando retorne existam aplausos, olhares de admiração e os que lhe fizeram acorrentada, coitados, ficaram, apenas, com o peso das argolas nãos mãos.Você?
Livre, leve e solta, é claro.
por Beth Valentim

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