Às vezes uma às vezes outra.
Impura ou repleta de bênçãos sou mulher inteira.
Tem dias que sou maravilhosa, outros que nem me suporto.
Mas em sua maioria eu transaria comigo.
Talvez me achem metida, não importa. Sei que lutei bastante para competir no mercado de trabalho e me sinto fascinante na maioria dos dias. Bonita por dentro eu sou, por fora tento todos os dias encontrar a maneira de me achar estonteante. Quando a alegria despenca estico o canto dos lábios com uma fita crepe como um sorriso. Fico tão ridícula que começo a rir. É o melhor remédio conseguir se fazer de engraçada quando as coisas dentro de si mesma se remexem de dor. Loucura? Que nada! Mulher sabe o quanto dói ser feminina, enfrentar os homens, vestir saia e calças – a dualidade insistente que vai permanecer por muito tempo. Que dirá suportar ser marretada por se dar a um homem por um dia, uma noite. Mas se me sinto feia por isso, sonho com as princesas que residem em mim e lembro que a borralheira se casou com o príncipe. Esta sim era esperta, se fez de boba e depois venceu. Que tal dar uma de mulherzinha de vez em quando? Driblar o ditado “a ferro e fogo”, flexibilizar as emoções e não se cobrar demais.
E com o tempo fui me achando melhor do que antes. Deliciando manjares com calda. Sentindo os sabores das divinas gostosuras da vida. Me refiz dos tempos do passado - Em vez de ficar chorando porque perdi, me sinto aliviada, e, menos um peso para carregar. Se estiver no meio do fogo cruzado e sair machucada, acredito que vou ter momentos para cuidar das feridas. Há um bom tempo não me dava a esse luxo. E se não me quiseram por algum motivo, saio como a mais doce vampira da noite e aqueço o corpo dançando blues. Ritmo sensual que me recompõe - Tipo streap tease mexendo os contornos. Mas pode ser tango, hip hop ou musica de raiz. Vai depender do humor, hormônios e coisa e tal.
No mais sou liberta de dogmas do passado. Luto. Enfrento. Atiro pedras e peço perdão.
Pelo menos com o tempo aprendi a me redimir sem culpas, estas não fazem mais parte de mim. Me açoitar porque errei? Jamais! Sou humana e tenho o direito de pecar e ser absolvida.
Quando fico cansada do silencio do meu coração vou ao playground e me divirto. Homem bonito que me seduz e diz que sou gostosa. Beijos doces e sutis - Os que me deixam molhada. O que me interessa é ser feliz.
Curto meu trabalho. Tudo o que conquistei como ELA e que me fez vencer e admitir, enfim, que sou ótima no que faço. Não preciso mais esconder meus valores, eles existem e pronto. Aceito e agradeço. Que venham todos. Não tenho mais vergonha de mim.
Se me sinto frágil ofereço tempo para me recuperar. Tiro forças até do ultimo suspiro. A esperança é o lema primordial.
Vadia ou disciplinada sou eu, você. Um dia saímos por aí como cortesãs da vida que se perfumam um pouco demais, mas tem gente que gosta. Outros somos disciplinadas na medida certa para não cansar. Nos que restam olhamos no espelho e aplaudimos a UMA que se tornou sucesso. A vencedora que tem detalhe de sobra para doar.
Mulher com o jeito feminino. A moeda forte e dona do passaporte para entrar no paraíso das estrelas que brilham e enfeitam o céu. Já teve duvidas sobre suas adversidades e talentos? Então, agora basta. Todos valem à pena. Quando se sentir em duvida divirta-se no playground da vida. Ameniza as curvas, músculos, peitos, bundas, que dirá a alma e o espírito, é só tentar.
Esse é mais um tributo a mulher vadia e outro a disciplinada. O mix das vencedoras e seguras.
Que se danem as ameaças internas, vamos ser livres. Construir o mundo pessoal que vai impedir que olhos tortos possam desviar nossas condutas e nos direcionar para séculos atrás. Eu hein, nem pensar. Vadia ou disciplinada o melhor a ser é A mulher delicia. O restante a gente conquista. Alguém duvida?
Fonte: bolsa de mulher - Beth Valentim
Um comentário:
Minha linda amiga muito obrigada por me ajudar mais uma vez com o seu blog, que continua lindo, inteligente e bem mulher.
Bjs
Ana Paula Vilas
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